segunda-feira, 22 de junho de 2009
MACONHA DA LATA
Temerosos de serem presos, os tripulantes jogaram toda a carga no mar a umas 100 milhas da costa e penetraram sorrateiramente no porto do Rio de Janeiro durante a noite, onde abandonaram o navio. O único que sobrou foi o cozinheiro, o americano Stephen Skelton, que foi prontamente detido pelas autoridades e condenado a vinte anos de cadeia.
Durante várias semanas, latas do material foram encontradas nas praias brasileiras no litoral entre Espírito Santo e Rio Grande do Sul, fazendo a alegria de muitos loucos brasileiros.
A polícia litorânea se esforçava para apreender o material. Em vão: menos de 10% das 20 mil latas foram recolhidas. O restante ficou ao léu, afundou ou foi capturado por curiosos que protagonizaram o episódio conhecido por Verão da Lata.
O navio foi confiscado, permanecendo por dois anos ancorado no arsenal de marinha. Em junho de 1989 foi levado a leilão e arrematado por NCZ (Cruzados Novos)$ 470.000, convertidos para o Conselho de Federal de Entorpecentes. Foi reformado, mas na sua primeira viagem, naufragou.
Pra quem gostaria de saber mais, existe um livro chamado 1988: O Verão das Latas de Maconha - O Progresso, do autor Wanderley Rebello Filho.
Aqui vai um documentário muito legal que fala sobre o episódio
sábado, 20 de junho de 2009
Maconha é onipresente em cidade das "festas cannabis" nos EUA
Em Arcata, bela cidade costeira, a cannabis é onipresente. Regularmente, os amantes de baseados organizam "festas cannabis" em um parque, onde todos fumam, sob o olhar indiferente da polícia. A cidade tem três lojas de equipamentos especialmente desenvolvidos para o cultivo e o tratamento da cannabis, lojas de roupas e acessórios feitos de cânhamo. Na praça central, desempregados esperam pacientemente que um cultivador de cannabis chegue em um 4 x 4 e lhes proponha trabalho.
Arcata também tem quatro "clínicas", lojas onde se vende em total legalidade a "maconha medicinal". Na Califórnia, a cannabis tem um duplo aspecto legal. Seu uso recreativo permanece proibido: a posse de uma pequena quantidade é um delito passível de multa, e os grandes traficantes podem ser presos. Mas desde a votação por referendo, em 1996, da Proposta 215, seu uso com fins médicos é autorizado.
Se um médico avalia que a maconha pode diminuir as dores ou as angústias de um doente crônico, ele pode lhe prescrever o fumo de um ou dois baseados por dia, ou o consumo de flores de cannabis em um bolo. Munido de sua receita, o paciente recebe dos serviços municipais um cartão cannabis, que o autoriza a transportar maconha para seu uso pessoal.
A Proposta 215 permitiu o desenvolvimento de uma poderosa indústria, no limite da legalidade. Em todo o Estado, consultórios médicos especializados redigem receitas complacentes em massa, por US$ 100 ou US$ 200. Trezentos mil californianos possuem hoje um cartão cannabis.
Alguns plantam por conta própria, outros delegam o cultivo a um enfermeiro oficial, que se torna produtor legal por parte de outros. O enfermeiro pode terceirizar o cultivo a um agricultor, e abrir uma clínica. Além disso, grupos que vivem em comunidade alugam terras agrícolas e cultivam a cannabis em fazendas coletivas. Eles distribuem gratuitamente uma parte de sua colheita a seus próprios pacientes, e vendem o resto no mercado negro.
Existem mais de 500 clínicas na Califórnia, sobretudo nas cidades administradas pelo Partido Democrata. Algumas são autênticos centros de saúde, outros são vitrines legais para os militantes da legalização, ou ainda puros empreendimentos comerciais. Nas cidades conservadoras, as autoridades locais utilizam todos os meios para desencorajar sua implantação. Processos e contra-processos se multiplicam, apresentados por militantes pró-cannabis contra comunidades locais, e vice-versa. A situação é ainda mais complicada pelo fato de que o governo federal de Washington não reconhece a Proposta 215, e conduz uma repressão esporádica contra as clínicas.
Em Arcata, a clínica chamada Patient Resource Center é administrada por uma empresária enérgica. Os clientes fazem fila diante de um pequeno guichê, escolhendo sua variedade preferida em um catálogo, e pagam entre US$ 30 e US$ 40 pelo saquinho de 3,5 gramas. Atrás da loja, uma ampla estufa abriga mais de mil plantas, cultivadas sob lâmpadas e irrigadas por gotejamento. No andar de cima, milhares de jovens brotos esperam para ser colocados na terra. Esse sistema de rotação, controlado por computador, permite uma colheita a cada dez dias, durante o ano inteiro.
Na mesma rua de Arcata, uma outra clínica, a Humboldt Coop, dirigida por um especialista em gestão de comunidades locais, atende sozinha a quase 8 mil pacientes em todo o Estado. Ela terceiriza o cultivo a agricultores da região, que assim complementam sua renda.
Diante dessa situação confusa, as autoridades do condado procuram uma solução. Paul Gallegos, o promotor do condado instalado na cidade portuária de Eureka, a 10 km de Arcata, continua a perseguir os traficantes. No entanto, ele chegou à conclusão de que o melhor seria legalizar a cannabis: "Não falo de meias medidas como a descriminalização; seria preciso que a maconha fosse completamente legal, e que a administração pudesse supervisionar a produção. A cannabis em si não causa problemas de segurança, somente problemas de educação e de saúde".
Gallegos sonha abolir o imenso desperdício provocado por essa guerra sem fim do Estado contra a cannabis, e sobretudo pôr um fim à hipocrisia geral: "A manutenção dessas leis inaplicáveis enfraquece a autoridade do Estado. A justiça torna-se uma farsa, a população perde qualquer respeito pelas instituições".
A legalização teria, segundo ele, uma outra vantagem: "O preço da cannabis cairia, os traficantes ficariam desempregados. Na verdade, os dois únicos grupos que realmente se opõem à legalização são as forças da ordem, por razões culturais, e os traficantes, por razões econômicas".
Mesmo dentro da polícia, as mentalidades estão mudando. O detetive Wayne Cox, que trabalha sob ordens de Paul Gallego, parece ter a mesma opinião que seu chefe. Essa evolução não aconteceu sem uma grande angústia, pois Cox é um veterano da divisão de narcóticos: "Uma coisa é certa, nunca mais arriscarei minha pele arrombando a porta de um traficante de maconha, isso não tem mais sentido. Recentemente, parei um adolescente que dirigia um 4 x 4 novinho, que ele tinha acabado de comprar com dinheiro vivo, US$ 70 mil. No carro, encontrei uma fatura de um equipamento de som de US$ 30 mil. Os jovens do condado não têm outra ambição além de cultivar a cannabis". Reservadamente, o policial e o juiz reconhecem que a indústria da cannabis traz uma certa prosperidade à região, duramente atingida pelo declínio da pesca e da exploração florestal.
O princípio da legalização também não assusta os dirigentes locais. Mark Lovelace, "county supervisor" (chefe do poder executivo do condado), não tem nada contra ela, contanto que beneficie os agricultores da região: "Não gostaria de ver desembarcando aqui grandes empresas de agronegócios, que criariam explorações intensivas e transfeririam seus lucros para outros lugares. Seria preciso que a produção permanecesse em escala humana".
Em inúmeras cidades californianas, a ação da polícia é cada vez mais contida. Conselhos municipais democratas decretaram que a repressão ao consumo da maconha deve ter "a mais baixa prioridade possível" para os policiais. Outros votaram resoluções visando instaurar a liberdade de fumar em casa e em clubes privados.
Em Sacramento, capital do Estado, políticos pró-cannabis, auxiliados por uma miríade de associações, passaram à ofensiva. Tom Ammiano, representante democrata de San Francisco na Assembleia Legislativa, apresentou um projeto de lei visando a legalização: "Segundo estudos do Departamento da Agricultura, a cannabis representa na Califórnia um mercado de US$ 14 a 15 bilhões por ano, mais do que qualquer outro produto agrícola. Se essa produção fosse regulamentada e tributada, como o álcool, isso renderia US$ 1,5 bilhão por ano aos cofres do Estado. Nesses tempos de crise e déficit orçamentário, isso não seria desprezível".
Ammiano sabe que a partida está longe de estar ganha, mas ele está confiante: "Pela primeira vez, todas as condições favoráveis estão reunidas. As pesquisas mostram que 55% da população é a favor da legalização. Os democratas detêm a maioria nas duas Câmaras da Assembleia Legislativa".
Ammiano recebeu o apoio de vários deputados e membros da alta administração. Betty Yee, diretora do Tesouro, classifica o projeto de lei de "medida de bom senso", que permitiria uma "utilização mais sensata dos recursos públicos". O xerife de San Francisco, Michael Hennessey, vai mais longe: "Reprimir o consumo de maconha é como fazer um castelo de areia para deter a maré alta. A maconha é parte integrante da cultura popular californiana".
De sua parte, o governador republicano Arnold Schwarznegger declarou recentemente que estaria aberto a uma discussão sobre esse delicado assunto. Um vídeo dos anos 1970 que o mostra fumando um baseado, esparramado em uma poltrona com um largo sorriso, pode ser visto no YouTube.
Além disso, Ammiano constata que o governo Obama, sem ser a favor da legalização, tem uma posição mais flexível sobre esse assunto do que seu predecessor. O ministro da Justiça Eric Holder anunciou que a polícia federal pararia seus ataques contra as clínicas, se elas estiverem em conformidade com a lei local.
Caso o projeto de lei de Ammiano não seja votado, uma aliança de associações pró-cannabis e de grupos de esquerda libertária lançou em paralelo um outro procedimento: um referendo de iniciativa popular, que poderá acontecer a partir de novembro de 2010.
Tradução: Lana Lim
:°
É.. a rapazeada está fumando demais! Hahahaha
Acho que hoje em dia, ter preconceito com os maconheiros chega a ser burrice.. A ciência já guardou seu espaço para a maconha dentro do normal das pesquisas se é que tem aldo de realmente normal nisto. A sociedade tem uma grande parte que aceita mas tem medo da opinião alheia. Medo de respeitar o maconheiro e se sujar socialmente.
Quem quiser fuma, que não quiser não fuma. Esta parada é livre cara, tú fuma se quiser, respeita se quiser.
As pessoas sismam que maconha é coisa do demônio e compara um possível vício físico nela com vício de drogas tipo crack e heroína.
Se o filhinho mauriçoca é pego fumando um vai direto para a clínica, e depois como já sabemos, muita das vezes os mauriçocas voltam a fumar.
Não importa para aonde o mandem, se ele quiser fumar, ele vai.. mais hora menos hora.
Já viram aqueles filmes de época aonde a donzela tem de se casar com um mas se casa com um amante, geralmente desfavorecido financeiramente em relação a ela que não tem nada a ver com a família de forma alguma? Entããããããão doidãããão... Ela quer o amante então fodeu, ela vai ter ele e só ele para "soltar os cabelos" e ser feliz.
Voltando ao baseadinho do playboy.
Há repressão demais com a maconha, sendo que tem outras coisas para se importar, cara.
De mais a mais, o mundo está girando, evoluindo, e isto um dia vai se amenizar de algum jeito que é melhor nem tentarmos adivinhar e deixar o curso normal das coisas, naturalmente, bem natural quando a própria planta que nos faz lutar pelos benefícios que ela traz além de ser vinda direto da terra, criada com água pura, aquela linda planta de Cannabis Sativa florecendo muitos camarões para um delicioso e tranquilo consumo da erva.
Que coisa linda, não? :-D
Vou ficando por aqui, voltarei.
Aguardem-me.
tiO-fRee!
quinta-feira, 18 de junho de 2009
Contra a homofobia!
Lili Allen - Fuck You!!!
terça-feira, 16 de junho de 2009
Câmara ouve Minc amanhã sobre participação na Marcha da Maconha
Explore a Liberdade de informação
atravez dela podemos ter novos conceitos, descobrir verdades colocar-se em posição de Liberdade
livre de formas de opressão e manipulação de conhecimento.
a verdade consiste em informação geral sobre o fato por todos os ângulos, sem posicionamento pessoal , apenas o fato legivel, apartir disso geramos nossa postura diante do que sabemos, do que nos é feito e principalmente como queremos que seja feito para nós.
Nós estamos no controle ,você tem o dominio da situação quando conhece ela mesmo quando possam tentar te ofuscar de alguma forma a direção aponta pra um lado só
o lado da liberdade a unica e verdadeira verdade, mantenha -se livre do ciclo da ignorancia
a verdade e conhecimento são infinitas.
não permita que você chegue apenas no limite ultrapasse pela liberdade de informação e conhecimento ultrapasse por sua liberdade de mente e vida .
é com grande prazer meus amigos que tenho o prazer de compartilhar algumas das obras que venho tendo em meu acervo nos ultimos tempos e o maximo que puder ser de ajuda e que principalmente possa surgir algum efeito em sua vida o bloganja é o espaço aberto pra livre expressão, o livre conhecimento, a livre verdade ! exponha o que sente o que pensa o que cria
o que te manifesta
mantenha-se livre atento sincero
bem vindo a verdadeira informação !
gostaria de começar com uma pequena porem grandiosa informação
sobre o uso medicinal industrial e ambiental da cannabis
http://www.books.google.com.br/books?id=PjPoa0jcyDsC&printsec=frontcover#PPR6,M1
uma raridade que todos precisam ter
não é pra ser secreto nem mais proibida
a informação deve atingir até vai sua consciencia.
sábado, 13 de junho de 2009
nanoTRAVESTIS!!!
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Nesse dia dos namorados...
terça-feira, 9 de junho de 2009
PUC veta consumo de maconha no campus
domingo, 7 de junho de 2009
Os Efeitos Econômicos da Cannabis
Pesquisas revelam o vigor bilionário da economia da maconha e os hábitos de seus consumidores mundo afora.
A concorrência está acirrada no Brasil. Nos grandes centros urbanos, exceção à cidade bai
ana de Salvador, o papel de seda gomado Colomy vem perdendo mercado. As grandes bancas de jornais e revistas das cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro foram inundadas pelo espanhol Smokingpaper, fabricado em Barcelona, e pelo londrino Rizla Imperial Tobacco. Como novidade, essas novas marcas apresentaram papéis de seda resinados, no tamanho "extra long". Eles são apropriados, em medida e neutralidade, para confeccionar cigarros de maconha, que, segundo os consumidores, devem ser grossos no conteúdo e longos de maneira a permitir alguns giros pelas pacíficas "rodas de fumo".
A Smokingpaper e a Imperial Tobacco negam estar fornecendo papéis para os "baseados". No Reino Unido, no entanto, o pesquisador Andy Davidson desmentiu o imperial fabricante londrino. Ele realizou o primeiro estudo científico sobre os efeitos econômicos do crescente consumo de erva canábica sem se esquecer dos gastos e lucros conseqüentes. Por exemplo, notou que as vendas dos papéis gomados cresceram, no último ano, 16%, ao passo que as vendas do tabaco em corda ou picado caíram 11%. Como se nota, a Imperial Tobacco vestiu saia- justa e prefer
iu ficar na muda.
No mercado do Reino Unido, ainda conforme Davidson, a economia da cannabis e dos seus acessórios influenciou o PIB em face de um movimento superior a 11 bilhões de libras esterlinas (cerca de R$ 53 bilhões). O consumo propriamente dito da erva contribuiu com 5% desses 11 bilhões esterlinos.
Outro exemplo desse filão econômico pode ser buscado na holandesa e anual Cannabis Cup.
Para fazer parte do corpo de jurados e degustadores dessa competição das melhores misturas com emprego de cannabis, paga-se US$ 225. Os organizadores do torneio, que envolve 26 coffee shops de Amsterdã, mantêm uma agência de viagens e reservas pelo site http://www.hightimes.com/.
É claro que o turista interessado em fumar maconha nos cafés holandeses gasta - e aí volta a entrar o levantamento do acessório realizado por Davidson - com lanches, hotéis, passagens, restaurantes, museus, etc. Em outras palavras, para cada 20 euros de consumo de skunk, gastam-se 200 euros com hospedagens e atividades de entretenimento.
Todo ano, a Holanda recebe 10 milhões de turistas que gastam 2,45 bilhões de euros. A cannabis, incluídos os derivados, movimenta anualmente no mercado europeu de 12 bilhões a 24 bilhões de euros. Pelo levantamento, 33% dos jovens europeus já usaram maconha pelo menos uma vez na vida.
Na Holanda, é proibida, fora de casa, a posse de cannabis para uso próprio. Nos cafés credenciados, admitem-se o fornecimento e o consumo, tendo sido fixado, para cada estabelecimento, uma venda diária não excedente a meio quilo.
No caso, os comerciantes podem cultivar o cânhamo em pequenas áreas ou utilizar estufas e iluminação especial para germinação e desenvolvimento. Ao contrário do Brasil, a legislação da Holanda não admite buscas policiais domiciliares para flagrar consumidores de drogas.
Essa política holandesa, admitindo com restrições o uso lúdico, teve por objetivo afastar o consumidor do traficante. E o traficante de drogas pesadas passou a ser mais bem enfrentado pela polícia.
Seguindo essa linha holandesa, a polícia londrina, nos bairros de Brixton e Lambeth, deixou de prender, por seis meses, usuários de cannabis. Os policiais concentraram-se nos narcotraficantes e esqueceram o usuário de drogas ligeiras, consideradas aquelas que permitem o trabalho normal no dia seguinte.
Nos dois bairros experimentais, o aumento do consumo da cannabis não cresceu, a violência diminuiu e os traficantes passaram a ser efetivamente incomodados pelos policiais, antes interessados em estatísticas com usuários, para mostrar serviço. Outro dado significativo decorreu de o consumo de cannabis naturalmente inibir a ingestão de bebida alcoólica.
Por isso, no próximo verão britânico, a maconha será classificada como droga da Classe C. Como decorrência, a polícia poderá deixar de prender o usuário e não haverá processo criminal.
O número de consumidores regulares de maconha na Grã-Bretanha foi estimado em 6 milhões e, conforme Davidson, eles representam um universo superior aos que praticam jogging e futebol aos domingos. Em dia de folga, cada um desses 6 milhões gasta, apenas com os acessórios decorrentes do uso, como por exemplo o papel vendido pela Imperial Tobacco e fósforos, 20 libras esterlinas.
O grande problema europeu - e no Brasil tais usos costumam chegar um ano depois - é a droga chamada speedball. Essa droga é uma mistura de heroína, cocaína e crack e sempre causa
dependência física e psicológica.
Um ex-diretor de presídio chegou a lembrar que a maconha era o tranqüilizante que evitava
movimentos paredistas e rebeliões na antiga Casa de Detenção de São Paulo, com seus mais de 5
mil presos amontoados. Quando chegou a cocaína, de efeitos psicoativos, a violência virou a regra.
A pesquisa de Andy Davidson revelou que, no Reino Unido, a cannabis está ficando mais popular do que o cigarro e as empresas de propaganda possuem projetos de como incluir, nos lançamentos de produtos que seguem o consumo da cannabis (CDs, DVDs, viagens, cachimbos, TV a cabo, comida em sistema delivery, etc.), cenas do cotidiano jovem. Sabem esses publicitários ingleses que 44% das pessoas fumam maconha, numa faixa de 16 a 29 anos.
A pesquisa de Andy Davidson radiografou o Negócio da Cannabis e o movimento financeiro paralelo, desde a pipoca ao filme DVD, tudo a revelar o grande interesse a rolar no mundo capitalista. Pelos números conhecidos, só o chamado turismo do "fumacê" de Amsterdã movimenta 0,5% do PIB dos Países Baixos.
Intimidade.
Pesquisa mostra que a maioria dos consumidores prefere ficar relaxando em casa na companhia de amigos
Fonte: E-Legalize
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Minc, Sirkis e Gabeira
Carlos Minc
Nascido em julho de 1951, no Rio de Janeiro, Minc é casado e pai de dois filhos.
Estudou no Colégio Aplicação da UFRJ e, em 1967, foi vice-presidente da Ames (Associação Metropolitana dos Estudantes Secundaristas).
Líder estudantil, participou ativamente da resistência contra a ditadura militar, sendo preso em 1969, com 18 anos, e exilado. Em 1979, com a Anistia, voltou ao Brasil.
Defensor do socialismo libertário, luta pela conquista dos direitos de cidadania, pela auto-organização da sociedade e pela defesa das mulheres e das minorias.
Fundador do Partido Verde com Fernando Gabeira, Alfredo Sirkis e outros companheiros, Minc foi eleito deputado estadual pela primeira vez em 1986, em coligação com o PT.
Minc também é escritor, tendo publicado cinco livros. Seu último livro, Ecologia e Cidadania (Editora Moderna; 1997), já na terceira edição e é adotado por 120 escolas públicas e privadas do Brasil.
Atualmente, Carlos Minc é Ministro do Meio Ambiente, ganhando notoriedade na mídia por brigar com o Ministro dos transportes, Alfredo Nascimento, por causa da pressão pelo licenciamento das obras da BR-319, que liga Manaus a Porto Velho e com ruralistas, a quem se referiu como “vigaristas?”, que por meio da Confederação Nacional da Agricultura (CNA) pediram sua demissão à Comissão de Ética Pública.
Participou da Marcha da Maconha 2009, no Rio de Janeiro, criticando a hipocrisia do governo e da sociedade e lembrando que a guerra entre traficantes mata mais que o consumo da erva (óbvio, erva não mata). Gerou polêmica entre os políticos, sendo convocado para prestar esclarecimento ao Senado, pela participação na manifestação.
Alfredo Sirkis
Alfredo Hélio Syrkis (Rio de Janeiro, 8 de dezembro de 1950) é um político, jornalista e escritor brasileiro.
Escritor com sete livros publicados, participou ativamente dos movimentos estudantis nos chamados Anos de Chumbo e ficou exilado durante nove anos. Ao voltar ao Brasil, não entrou para os tradicionais partidos de esquerda, sendo um dos fundadores do Partido Verde e, durante a fase inicial, um dos expoentes da ideologia verde no Brasil.
Seu livro mais conhecido é Os Carbonários — Memórias da Guerrilha Perdida, publicado pela primeira vez em 1980, em que narra sua militância política desde o início no movimento estudantil, seu ingresso na luta armada e no grupo Vanguarda Popular Revolucionária, a curta convivência com Carlos Lamarca, os seqüestros dos embaixadores
Em seus livros Os Carbonários e Roleta Chilena (sobre a queda do governo e morte do ex-presidente Salvador Allende) narra também algumas vezes que fumou uns baseados com seus amigos. Atualmente é simpatizante da causa dos cannabistas.
Campanha de 1988 – Maior barato!!!
Fernando Gabeira
Fernando Paulo Nagle Gabeira , escritor, jornalista e deputado federal do Rio, nascido em 1941, é mineiro de Juiz de Fora e carioca por opção desde 1963.
No final dos anos 60, ingressou na luta armada contra a ditadura militar. Em 1969, participou do sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Elbrick, a ação mais radical da guerrilha contra o regime autoritário. Foi baleado, preso e, mais tarde, exilado, numa operação que envolveu a troca de presos políticos pelo embaixador da Alemanha, também sequestrado pela guerrilha. Em dez anos de exílio, esteve em vários países. Testemunhou no Chile, em 1973, o golpe militar que derrubou Salvador Allende. Mais tarde, retrataria a queda e o assassinato de Allende em roteiro para a TV sueca.
Com a Anistia, voltou ao Brasil no final de 1979, quando lançou o best seller O que é isso, companheiro?, obra que se tornou referência da história da resistência contra a ditadura militar no Brasil. Transformado em filme pelo cineasta Bruno Barreto, O que é isso, companheiro? ganhou as telas brasileiras em 1997.
Em 1986, candidatou-se ao governo do estado pelo PV (em coligação com o PT) e realizou uma campanha de características transformadoras.
Foi uma campanha maciça e entusiástica porque, pela primeira vez na política brasileira, a ecologia, as linhas alternativa, o feminismo, o anti racismo, os direitos civis dos gays, a reforma na legislação anti-drogas, foram questões publicamente abordadas na campanha de televisão e nas ruas. A reação foi dura e Gabeira foi fortemente contestado pela mídia conservadora, especialmente quanto à questão da descriminalização da maconha.
Apesar de ser um ícone quando o assunto é legalização da maconha, em sua campanha para prefeito do Rio de Janeiro em 2008 tomou uma posição contrária dizendo que atualmente não defenderia a legalização.